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sábado, 19 de fevereiro de 2011

O melhor de nós



Olha só,
de sinceridade se faz esse
confessionário de quem 
não pode deixar de ser


Porque eu canto e danço na rua 
e sei, que sing in the rain
seria lindo pra dois debaixo do mesmo guarda-chuva
mas a minha controvérsia 
não caberia no teu apartamento sem quintal


e se eu te conto não é por mal,
mas nessa loucura abissal
não se prende um desigual


Estranho amigo,
tenha raiva não,
mas a barra pesada
dessa rodada saia
só eu vou girar.


Vamos lá, 
nas entradas e saídas
note as outras pernas
de moças de vidas diversas
que pisam em mais chão
And I say
It's all right

A noite já foi,
mas aqui vem o sol.
Não há o que falte, 
somos o melhor de nós.




Amanda SchArr

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Feridas e calos

Das feridas
comeu as cascas
sorveu do sangue.
Transmutou em cor,
liquefez sua dor em tintas

Mesmo assim,
não se pintou para a guerra.
Vestiu-se de índia,
trajou-se de madre.
Fundiu-se com a terra de sua Coyoacán.

Da coluna quebrada
da vida partida
do amor em pedaços
Comeu com fartura,
convieu com o colapso.

Da violência da vida
fez remédio contra a apatia da morte.
Seu corpo
seu templo em pedaços.
Seu espaço de penitência,
sua transgressão mais densa.

Pata de palo,
minha querida Frida,
se tudo termina com uma melancia,
só resta repetir
Viva TU vida!




Amanda SchArr

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Carta ao (quase) amor do ano zero

Meu bem, fica zen. Lembra de quem te faz sorrir, abra as janelas. E deixa daquelas noites de dramas que te fazem sofrer.


Eu nunca diria que o mundo não é cruel, mas sobre nós há um céu imenso pra desvendar. Portanto, faça o possível para olhar as estrelas, tomar um sol e permitir alguns encontros. É certo, haverá uns quantos tontos, criaturas mesquinhas, mas entre esses e outros algumas pessoas serão dignas de se amar (e é bom amar mesmo as indignas).


Se permita tentar, a dor é um tempero desses nossos tempos. E não te preocupa, se bater algum desespero, umas dessas tantas nóias dos nossos distintos desassossegos, pode me ligar. Sempre haverá um ombro e um café dispostos a te aguardar.


Com carinho e desapego desse meu apego que só sabe libertar.


Amanda SchArr